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Psicologia

A Brinquedoteca como espaço terapêutico 

Foi pensando em tornar o ambiente ambulatorial mais agradável e suportável para as crianças que aguardavam pela consulta médica, restringidas ao colo da mãe, que criamos um espaço lúdico, um local onde elas pudessem expressar seus sentimentos brincando - a Brinquedoteca.

 

O acervo da Brinquedoteca é composto de brinquedos novos, como: carrinhos, bonecas, fantoches, material gráfico: folha de papel, massinha de modelar, lápis de cor, lápis preto, borracha, giz de cera, e jogos.

 

Neste ambiente, contamos com a presença do Palhaço Dr. Pichuruca, que por meio de brincadeiras, músicas, estórias interage com as crianças proporcionando mudanças na posição subjetiva.

As crianças são convidadas a brincar coletivamente nesse espaço assistidas pela equipe da psicologia. As que são tímidas ou as cadeirantes são estimuladas a participarem das brincadeiras, acompanhadas de suas mães.

 

Dentro desse espaço, as crianças brincam livremente, expressam suas experiências, desenvolvem atividades espontâneas, agradáveis, sem objetivos definidos, o que contribui para que se esqueçam da doença, da dor de ser diferente.

 

Há interação entre elas, o familiar e a equipe interdisciplinar. O ato de brincar proporciona a

socialização: as crianças criam brincadeiras, compartilham brinquedos, material gráfico, e às vezes brigam pela posse do brinquedo.

 

O brincar reaproxima a criança do seu mundo infantil e atenua o estresse causado pelo ambiente ambulatorial, que as remete ao ambiente hospitalar e suas conseqüências, tais como: tristeza,inquietação, medo, insegurança, impaciência, dor e sofrimento.

 

A atividade lúdica promove fatores significativos para o desenvolvimento psicomotor, cognitivo, social e afetivo da criança, proporcionando um tratamento adequado, digno e humanizado.

A Psicologia no contexto interdisciplinar

 

A adesão dos pacientes aos tratamentos continua sendo um grande problema em hospitais, tornando-se assim um assunto discutido por vários profissionais da área de saúde. Esta adesão se refere à participação do paciente de forma mais efetiva no tratamento proposto pelo médico, tais como;  freqüência às consultas, mudanças de hábitos necessários ao tratamento e comportamento otimista em relação à doença.  São vários os fatores que contribuem para a não adesão ao tratamento, entre eles temos: a dificuldade do paciente em compreender as informações sobre a doença e o seu tratamento, fatores emocionais envolvendo o paciente, hábitos e comportamentos cristalizados do mesmo e o tipo de relação estabelecida entre médico e paciente.

 

Para o sucesso de um tratamento, tornou-se necessário, a construção de programas educativos desenvolvidos por equipes interdisciplinares.

 

A Psicologia como educação em saúde, tem como objetivo não só apenas favorecer a transmissão de conhecimentos, atuando como facilitador entre as partes, mas também garantir aos pacientes e seus familiares, um espaço onde se possa expressar a ansiedade e insegurança resultantes da falta de informação, agindo de forma acolhedora e esclarecedora aos conteúdos emocionais trazidos pelo paciente, seus temores, frustrações e incapacidade em lidar com a própria doença.     

 

Nosso trabalho no NUPEP e no CACAU é realizados através do atendimento às crianças com afecções urológicas, no qual, durante as sessões de psicoterapia aprendem a lidar com questões relacionadas à sua doença, valorizando e resgatatando outros conteúdos prejudicados pela doença. Atuamos também no fortalecimento da estrutura familiar, que em geral fica muito comprometida pela doença, proporcionando uma escuta acolhedora das angustias, dúvidas e frustrações, evitando dessa forma que, a desinformação e os conteúdos subjetivos possam atrapalhar o bom resultado do tratamento.

 

Nossas linhas de pesquisa em andamento são:

 

- Estudo comparativo em crianças com enurese primária monossintomática, dentro do mesmo contexto familiar, em relação a irmãos sem enurese.

 

- Qualidade de Vida em Crianças com Reservatório Ileal Continente de Cateterização Cutânea.

Profissionais Responsáveis

Psicólogas: Dalva Louzada Enjiu, Gizelli Theml

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